No Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) destaca a relevância dos educadores para a formação da sociedade e para a construção de um estado mais desenvolvido. A data também chama a atenção para os avanços legislativos voltados à educação, como a Lei nº 1.784/2023, que institui a Semana Estadual do Educador Roraimense.
Professores de diferentes regiões do estado compartilham histórias de dedicação e ressaltam a importância das políticas públicas de valorização da categoria
A norma é uma das iniciativas do Parlamento Estaduais voltadas à valorização da categoria e à ampliação de políticas públicas no setor. Outras medidas também têm fortalecido a carreira docente no estado, como a Lei nº 1.648/2022, que estabelece diretrizes para a valorização profissional dos educadores com foco em capacitação continuada.
A Lei nº 1.527/2021, por sua vez, criou o Programa de Apoio Psicopedagógico aos Professores da Rede Estadual para promover o bem-estar emocional dos profissionais que enfrentam desafios diários em sala de aula.
A Assembleia Legislativa também aprovou a Lei nº 1.700/2023, que instituiu a Política Estadual de Formação Docente, com foco em práticas pedagógicas inovadoras e integração com universidades públicas. Essas ações integram um conjunto de medidas que visam não apenas a valorização salarial, mas também a qualificação e o apoio estrutural e emocional ao profissional da educação.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), destacou o papel essencial dos professores na construção do futuro de Roraima e reafirmou o compromisso da Casa com a valorização da categoria. “Os professores são os alicerces do nosso estado. Por isso, a Assembleia continuará apoiando iniciativas que garantam melhores condições de trabalho, capacitação e reconhecimento. Homenagear os professores é mais que um gesto: é uma responsabilidade de todos nós com o futuro”, afirmou.
Professores que inspiram
Se, de um lado, as leis são importantes para garantir direitos e valorizar o trabalho dos educadores, na ponta estão eles, fazendo valer o dom de ensinar transformando o mundo por meio da educação.
Cláudia Borges, é uma dessas personagens da educação que inspiram através do exemplo em sala de aula. Professora de Libras na Escola do Legislativo (Escolegis), ela conta como começou seu interesse pela língua de sinais.
Professora de Libras da Escolegis, Cláudia Borges destaca a importância da inclusão e da formação de novos profissionais para atender à comunidade surda
“Uma professora entrou na sala e, sem dizer uma palavra, me ensinou tudo. Desde então, decidi que queria fazer isso também. Hoje, me engrandece ver alunos se tornando intérpretes e professores, querendo aprender para atender à comunidade surda que está presente em nossa sociedade”, afirma Cláudia, que trabalha na área há cinco anos e já ensinou alunos de 11 a 70 anos.
Com quase 30 anos de experiência, o professor Rossifer Ambrósio fala sobre a responsabilidade de formar cidadãos e os impactos positivos de projetos como o Inovem
Outro exemplo de dedicação é o do professor Rossifer Ambrósio, que dá aulas de matemática há quase trinta anos na Escola Estadual Treze de Setembro. “Ser professor é carregar nos ombros a responsabilidade de formar toda uma sociedade. O maior orgulho é ouvir de um aluno: ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’”, declarou orgulhoso.
Ele participou, com seus alunos, do Centro de Inovação e Empreendedorismo (Inovem), programa da Assembleia Legislativa que trouxe novas perspectivas para a escola. “A experiência mostrou que a escola vai além dos muros e que a matemática pode mudar vidas. A Assembleia demonstrou ser uma parceira que acredita na transformação por meio da educação”, ressaltou.
Em Mucajaí, a professora de geografia, Marimar Lima, também representa a força da educação pública. Vinda de uma família de educadores, ela assumiu o magistério em 2021 e atualmente é mestranda pela Universidade Estadual de Roraima (UERR).
A professora de geografia, Marimar Lima, que atua em Mucajaí, defende mais preparo prático para os futuros docentes e vê o ensino como um gesto diário de amor e paciência
“A profissão está no sangue. Mas ainda precisamos de mais formação prática durante o curso para que o professor entre em sala de aula mais preparado. Ensinar é um ato de amor e paciência, e a escola é um desafio diário que exige muito mais do que conteúdo”, frisou.
Texto: Bárbara Carvalho
Fotos: Alfredo Maia / Nonato Sousa / Marley Lima
SupCom ALERR